Abin Paralela: esquema de espionagem utilizou assessores e recursos estatais para ataques contra instituições e adversários, diz PF

  • 18/06/2025
Segundo a investigação, a estrutura paralela montada com a instrumentalização da Abin tinha o objetivo de beneficiar Jair Bolsonaro, com a disseminação de conteúdos falsos e ataques contra o Poder Judiciário. A Polícia Federal concluiu que o suposto esquema de espionagem ilegal com uso da Agência Brasileira de Inteligência se valeu de assessores e recursos estatais para a realização de ataques contra instituições e adversários do governo Jair Bolsonaro. A conclusão está no relatório final da PF que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. No documento, de mais de 1,2 mil páginas, os investigadores veem indícios do cometimento de crimes por mais de 30 pessoas, entre as quais o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem. Nesta quarta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo do relatório da Polícia Federal. Segundo a investigação, a estrutura paralela montada com a instrumentalização da Abin tinha o objetivo de beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. E teve a finalidade de disseminar conteúdos falsos e ataques contra o sistema eleitoral, o Poder Judiciário, adversários políticos e quaisquer pessoas que contrariassem interesses do governo passado. "Essa estrutura utilizou assessores nomeados em cargos públicos e recursos estatais para produzir e disseminar sistematicamente narrativas falsas e ataques contra instituições (como o Sistema Eleitoral Brasileiro e o Poder Judiciário), opositores políticos e quaisquer indivíduos ou grupos que contrariassem os interesses do grupo político no poder." Alto potencial ofensivo Segundo a Polícia Federal, uma organização criminosa de "alta potencialidade ofensiva" atuou a partir da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), empregando de forma clandestina recursos humanos, financeiros e tecnológicos da instituição para interesses próprios e ilegais. De acordo com o relatório, as ações eram "controladas pelos altos gestores da ABIN", que se valiam da hierarquia interna para evitar o envolvimento direto e mascaravam a operação com justificativas de legalidade. A PF afirma que houve "uso reiterado de recursos humanos e materiais da Agência Brasileira de Inteligência para fins ilícitos, diversos das finalidades institucionais do órgão". A apuração identificou a formação de uma "estrutura paralela de inteligência" integrada por policiais federais cedidos e oficiais de inteligência, que aderiram às práticas da organização criminosa. Segundo os investigadores, o objetivo do grupo era a "manutenção no poder, inclusive pelo rompimento do Estado Democrático".

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/06/18/abin-paralela-esquema-de-espionagem-utilizou-assessores-e-recursos-estatais-para-ataques-contra-instituicoes-e-adversarios-diz-pf.ghtml


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