Saiba o que é ‘leishmaniose visceral canina’, doença registrada pela 1ª vez em Porto Velho

  • 12/10/2025
(Foto: Reprodução)
Pesquisadores de Rondônia descobrem novos mosquitos que transmitem leishmaniose Em setembro, o primeiro caso de leishmaniose visceral canina em Porto Velho foi confirmado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de Rondônia (CRMV-RO). Essa doença, se não tratada, pode ser fatal. O g1 conversou com o médico veterinário Cristian José e o pesquisador da Fiocruz, Gabriel Eduardo, que explicaram como a leishmaniose age no animal e como pode ser tratada. Nesta reportagem você vai ver: Qual mosquito transmite a doença; Quais os principais sintomas; Como é feito o diagnóstico; Como funciona o tratamento; Se é possível eliminar a leishmaniose canina. A doença é transmitida por um inseto chamado flebotomíneo, conhecido popularmente como “mosquito palha”. Após o contágio, os sintomas nos cães podem surgir em média de três a sete meses, mas há registros que variam de dois meses ou até mais de um ano. Mosquito-palha é o transmissor da leishmaniose Divulgação/Prefeitura “Essa variação depende de fatores como a resposta imune individual do cão animais com perfil imune Th1 [time de ataque corpo a corpo] tendem a controlar a infecção por mais tempo, a quantidade de parasitas transmitida na picada, além das condições de saúde, nutrição e fatores genéticos. Algumas raças são mais suscetíveis”, explica Cristian. A doença também pode permanecer em silêncio. Em áreas de alto risco, cerca de 50% dos cães infectados não apresentam sintomas. Quando aparecem, eles variam de intensidade e podem incluir: perda de peso progressiva; caroços na pele (linfonodos inchados); aumento do fígado e do baço; lesões de pele (queda de pelo, feridas, unhas grandes); problemas nos olhos (inflamações, olho seco, conjuntivite); cansaço, apatia e febre intermitente; nos casos avançados, insuficiência renal crônica. O veterinário alerta que, ao identificar sintomas, o tutor deve procurar um especialista. O diagnóstico pode ser feito por exame parasitológico direto em microscópio, testes sorológicos ou moleculares. Para garantir maior precisão, recomenda-se combinar mais de um exame. Diagnóstico O diagnóstico foi feito há mais de dois meses, mas só em setembro foi divulgado após reunião da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) com representantes das prefeituras e regionais de saúde do Estado. De acordo com a vice-presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), Aline Bertozo Cavalheiro, após a suspeita é coletada uma amostra de sangue, que precisa ser enviada para fora do estado. Esse processo demanda tempo por causa da logística de transporte. Os casos suspeitos que forem encaminhados a quaisquer UVZ do Estado poderão contar com o apoio do Lacen e da Fiocruz Rondônia para os exames confirmatórios. Os exames são liberados em até poucos dias, mas precisam ser solicitados pelo órgão responsável da Prefeitura ou Regional de Saúde. Coleta de sorologia para teste de leishmaniose visceral canina Acervo pessoal/Cristian José Tratamento Por muito tempo, a eutanásia foi considerada a solução para cães diagnosticados. Hoje, existem alternativas, como um tratamento à base de miltefosina, registrado pelo Ministério da Agricultura. O medicamento só pode ser usado com receita de um especialista. Segundo o médico-veterinário Cristian José da Silva, o tratamento melhora a qualidade de vida e reduz os sinais clínicos, mas não elimina o parasita, que permanece no organismo em estado latente. Por isso, é essencial adotar medidas de prevenção para evitar a transmissão. “Além da medicação, o uso de coleiras repelentes e outras formas de proteção contra o mosquito transmissor são indispensáveis. O uso de medicamentos humanos ou não autorizados para cães é proibido e pode trazer riscos à saúde do animal”, alerta o especialista. Ele reforça ainda que cabe ao estado garantir vigilância epidemiológica, oferecer diagnóstico acessível, promover campanhas de prevenção, distribuir medidas de proteção e investir em novas formas de controle. “Assim, a LVC deve ser enfrentada dentro de uma abordagem ‘Uma Só Saúde’, em que ações conjuntas do poder público, profissionais de saúde e tutores sejam coordenadas para reduzir o impacto da doença”, conclui. Explicações De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do município (Semusa), informou que já realizou um inquérito canino em um raio de 500 metros do caso confirmado. Foram coletadas cerca de 80 amostras sorológicas, todas negativas, e instaladas armadilhas para monitorar a presença do mosquito-palha. Prevenção A DCZADS segue acompanhando os casos de perto e orienta que a população mantenha quintais limpos e livres de matéria orgânica em decomposição para evitar a proliferação do mosquito transmissor. Em casos de sintomas em cães como emagrecimento, apatia, crescimento exagerado das unhas, queda de pelo ou conjuntivite — procure um médico veterinário. Suspeitas podem ser comunicadas pelo telefone (69) 98473-6712. ‘Leishmaniose visceral canina’, doença registrada pela 1ª vez em cachorro de Porto Velho Divulgação

FONTE: https://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2025/10/12/saiba-o-que-e-leishmaniose-visceral-canina-doenca-registrada-pela-1a-vez-em-porto-velho.ghtml


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